sexta-feira, 8 de junho de 2007

Gestão de Sistemas de Educação a Distância

Universidade de Brasília - UnB
Formação de Professores – UAB

Atividade do Módulo 3 – Tópico 1

Gestão de Sistemas de Educação a Distância

Elaborada por Paulo Henrique Azevêdo

O primeiro ponto a ser analisado, ao se discutir os sistemas de educação a distância é a questão geográfica e espacial, que não podem ser uma dificuldade, mas uma característica desse sistema, que, tal como um outro qualquer, possui recursos convencionais e específicos para a consecução de seus objetivos. Nesse caso específico, a educação a distância implica em agilidade de comunicação e na utilização de elementos didáticos que busquem a participação, interação e cooperação entre instituições, gestores, professores, alunos e tutores.

Para Bof (http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2002/ead/eadtxt2b.htm), sistemas de educação a distância são complexos e exigem uma gestão eficiente para que os resultados educacionais possam ser alcançados. Uma vez definidos os objetivos educacionais, o desenho instrucional, etapas e atividades, os mecanismos de apoio à aprendizagem, as tecnologias a serem utilizadas, a avaliação, os procedimentos formais acadêmicos e o funcionamento do sistema como um todo, é fundamental que se estabeleçam as estratégias e mecanismos pelos quais se pode assegurar que esse sistema vá efetivamente funcionar conforme o previsto. Para esta autora, a gestão é um fator-chave para assegurar a qualidade e o sucesso de programas e cursos nessa modalidade.

O sistema UAB representa um marco para o sistema de educação do Brasil, pois constitui um desafio a ser superado, para a consolidação desse tripé participação, interação e cooperação, pois vivemos um sistema educacional cada vez mais individualizado, mesmo que predominantemente presencial. Às IFES compete o inovador trabalho de prepararem-se e a seus quadros, para um modelo educacional que utiliza tecnologias da informação e da comunicação, que possuem como principal característica, a grande velocidade em sua evolução.

Um dos pontos que desejo comentar é a preparação dos recursos humanos que aturarão na educação a distância. Particularmente no Brasil, temos o hábito de aprender fazendo, pensando que este processo será menos dispendioso. Ocorre que o desperdício temporal, de material e com o denominado “retrabalho” serão significativamente superiores aos investimentos realizados com a preparação realizada em ambientes de conhecimentos consolidados sobre o assunto. Assim, penso, o início das atividades de educação a distância seriam muito mais previsíveis, sem sobressaltos e pouco sujeito a mudanças no calendário planejado.

O curso em que atuo é o de graduação em Educação Física, no qual sou responsável pela disciplina “Informática Instrumental”, que tem como ementa, “o estudo de conceitos e aplicações básicos de sistemas de computação. Hardware e Software. Software aplicativos de uso específico. Aplicações da Informática no campo da Educação Física”.

A disciplina está sendo construída com o apoio da coordenação do curso, dos professores, na Formação de Professores - UAB e pela troca de experiência entre os participantes do nosso e de outros cursos.

No meu caso, optei por uma abordagem que permite que o aluno vá, no primeiro momento, nos locais onde pode encontrar uma aplicação da informática para a melhoria da qualidade dos serviços prestados em Educação Física, esporte, recreação e lazer. Ao retornar dessa atividade de campo, ele irá relatar o que encontrou ao professor. Em seguida, apresentará seus questionamentos e discutirá com os colegas em um fórum específicos. Ao verificar os pontos relevantes da discussão, o professor oferecerá à turma, os conteúdos que conduzam à reflexão e conclusões sobre o tema. Uma sessão de bate-papos deve concretizar o processo em grupos de até dez alunos.

Sempre seguindo a previsão da disciplina, os alunos seguirão esse processo, até o final das atividades.

Para a criação e gestão de uma disciplina, entendo que alguns pontos, dentre outros também relevantes, forma observados.

· Apresentação visual favorável à compreensão de como tudo irá acontecer: o aluno deve iniciar a semana ou módulo, sem a menor dúvida sobre o que irá desenvolver naquele período. Dúvidas no ensino presencial é falha grave, na educação a distância compromete a estratégia para todo o grupo. Assim, o material deve ser colocado em seqüência, com títulos que já descrevam o seu significado e motive o aluno a percorrer aquela etapa.

· Padronização: não há espaço na educação a distância, para atitudes isoladas. O que será feito deve ser feito por todos, para que não se perca a referência para uma avaliação justa e compatível com os objetivos almejados.

· Os professores e tutores devem educar pelo exemplo: tudo o for orientado aos alunos deve ser objeto de realização por todos os professores e tutores. Desta forma, se a orientação é para usar arquivo com extensão “rtf”, para enviar textos durante o curso, para evitar a transmissão do vírus de macro que podem ser ocorrer arquivos com a extensão “doc”, todos os professores e tutores também devem seguir esta orientação e não apenas cobrar isso dos alunos. Esse é um pequeno exemplo, que pode ser extrapolado para diversas outras situações.

· Aprender - antes de mais nada - a utilizar a plataforma e suas ferramentas, como mecanismo inicial de desbloqueio de tudo o que uma nova forma de ensino sempre propicia aos iniciantes

Assim, e com base nas inúmeras atividades de tentativa e erro, a disciplina está sendo criada e recriada a cada vez que percebo que algo está errado, ou que deve ser melhorado.

Existe uma grande ansiedade em conhecer as falhas pedagógicas, metodológias e técnicas que serão encontradas pelos próprios discentes e sobre quais soluções poderemos dar para equacionar essas deficiências.

Agora, devemos trabalhar o curso até a sua apresentação oficial aos nossos alunos.

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